Nós mulheres somos muito
estéticas. Gostamos mesmo de combinar os elementos, de compor visuais, de nos
embelezarmos e um dos itens mais importantes sem dúvidas, é o esmalte. As unhas
são preciosas e revelam um pouco do que somos, como cuidamos de nossas vidas.
Hoje tem esmaltes para todas as combinações, para todas as personalidades e
para várias funcionalidades.
Por exemplo, vários
violonistas empregam o material para que as unhas não quebrem durante uma
apresentação.
Pois é, mas como eu adoro
pesquisar na internet, encontrei uma história muito rica dos esmaltes e quero
compartilhar com vocês. Você sabia que o esmalte como conhecemos foi inspirada
na tinta que era usada para pintar automóveis? E que antigamente em algumas
culturas, só os nobres podiam usar certas cores de esmaltes? Pois é! Deem
uma lida nessa interessante compilação de histórias.
Boa leitura!
A
HISTÓRIA DO ESMALTE
O
hábito de embelezar as unhas é muuuito antigo.Estima-se que em 3000 antes
de Cristo, os Chineses, Italianos e Japoneses já tinham o costume de usar
esmaltes.
Em
600 antes de Cristo, no tempo da dinastia Chou, já existiam cores específicas
designadas às mulheres da realeza para separá-las das mulheres
comuns. Inicialmente, a realeza usava dourado ou prateado, mas conforme o
tempo foi passando, essas cores mudaram para preto e vermelho. Enquanto isso, a
classe baixa tinha que se contentar com cores mais claras. Se pessoas que não
fizessem parte da realeza fossem vistas usando as “cores reais”, elas seriam
executadas!
O mesmo poder
de distinção social observado no uso do esmalte entre os egípcios também era
perceptível entre os chineses. Em meados do século 3 a.C., o uso de tons
vermelhos e metálicos (feitos com soluções de prata) significavam a ocupação de
um lugar privilegiado na hierarquia social. Já entre os romanos, a pintura dava
lugar a tratamentos com materiais abrasivos que faziam o polimento das unhas.
Os
chineses em particular, faziam uma mistura de vários ingredientes: clara de
ovo, cera de abelha e até gelatina! Pétalas eram esmagadas e incluídas na
mistura para obtenção de uma coloração rosada ou avermelhada.
Os antigos
egípicios utilizavam henna de cor vermelho-amarronzada ou preta para
colorir as unhas, essa mudança da coloração das unhas era sinal de opulência e
riqueza.Cleópatra tinha uma clara preferência pela tonalidade vermelho-escura.
Já Nefertiti tinha mais gosto pelo esmalte de tom rubi.
Não
está claro como o esmalte evoluiu depois da antiguidade, mas de acordo com um
artigo publicado na “Nails Magazine” em 2007, no século 19 as unhas eram
tratadas com óleos essenciais vermelhos e polidas com tecidos de camurça. Um
século mais tarde, algumas mulheres massageavam suas unhas com pós e cremes
coloridos e então as poliam para deixá-las brilhantes. Durante esse periodo, as
mulheres também usavam um esmalte transparente, que era aplicado com um pequeno
pincel feito com pelo de camelo.
A
criação do esmalte como o conhecemos, é atribuída a Michelle Menard nos anos
1920 e foi inspirada nas tintas para carros. O interesse pelo esmalte para
unhas começa então a florescer e muitas estrelas de Hollywood eram vistas com
frequência exibindo unhas bem vermelhas.
Desde
então, foram criadas inúmeras outras cores de esmalte. Hoje em dia, as corem
cobrem todo o espectro, do preto ao branco, do vermelho ao verde, passando por
todas as cores intermediárias.
Em 1.800,
as unhas curtas e arredondadas eram as preferidas. Em 1.830 na Europa criaram o
“afastador de cutículas” que antes eram removidas com ácidos e tesouras.
Mas foi em
1920, na França (oui!), que o esmalte como conhecemos hoje foi inventado. Na
verdade era um verniz, criado pelos irmãos Charles e Martin Revson para
proteger a pintura dos carros, mas em 1927, a maquiadora francesa Michelle Menard teve a idéia de modernizar esse verniz
para que as mulheres pudessem colorir as unhas e que se dissolvessem com um
solvente!
O produto
era comercializado em potinhos de porcelana e tinham um tom rosado, o pincel
era de pelo de camelo e
não duravam mais que um dia nas unhas. Os irmãos Revson acharam que o produto
tinha potencial (eba!) e montaram uma fábrica para a sua produção, a Revlon (O
S foi substituído por L por conta de Lachman, um químico que se juntou aos
irmãos).
A tecnologia
para o tratamento das unhas ficou relativamente estagnado até o século XIX.
Nessa época, os cuidados se restringiam à obtenção de unhas curtas e que
estivessem moldadas por uma boa lima. Em alguns casos, as unhas eram
ligeiramente perfumadas com óleo e polidas com uma tira de couro. Numa época em
que o recato era uma importante virtude, a extravagância dos esmaltes não seria
prestigiada.
Até essa
época, uma das grandes descobertas foi a invenção do palito até hoje utilizado
para a remoção das cutículas. No começo do século XX, os esmaltes começaram a
recuperar espaço com o uso de soluções coloridas que não permaneciam fixadas
mais do que algumas horas. Somente em 1925, durante estudos que desenvolviam
tinturas para carros, foram descobertas as primeiras soluções que se assemelham
com os esmaltes de hoje.
Na sua
primeira versão, o produto era de um tom rosa-claro e era aplicado no meio das
unhas. Chegando à década de 1930, já podemos notar que a “pintura” nos dedos do
pé e da mão fazia muito sucesso entre as grandes estrelas do cinema hollywoodiano,
como Rita Hayworth e Jean Harlow. No ano de 1932, os irmãos Charles e Joseph
Revlon custearam a invenção de um novo tipo de esmalte, mais brilhante e com um
leque variado de tonalidades.
Nas décadas
seguintes, vemos que a tecnologia empregada foi se tornando cada vez mais
complexa. As unhas postiças parecem como uma boa alternativa de se chamar a
atenção sem gastar horas na manicure. Há poucos anos foram disponibilizadas
máquinas capazes de imprimir uma imagem digital nas unhas. Difícil é saber onde
a indústria da beleza pode chegar a fim de atiçar a vaidade feminina.
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